I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana Que agora se encontram instalados Fazendo aquilo que lhes dá na real gana Nos seus poleiros bem engalanados, Mais do que permite a decência humana, Olvidam-se de quanto proclamaram Em campanhas com que nos enganaram! II E também as jogadas habilidosas Daqueles tais que foram dilatando Contas bancárias ignominiosas, Do Minho ao Algarve tudo devastando, Guardam para si as coisas valiosas... Desprezam quem de fome vai chorando! Gritando levarei, se tiver arte, Esta falta de vergonha a toda a parte! III Falem da crise grega todo o ano! E das aflições que à Europa deram; Calem-se aqueles que por engano... Votaram no refugo que elegeram! Que a mim mete-me nojo o peito ufano De crápulas que só enriqueceram Com a prática de trafulhice tanta Que andarem à solta só me espanta. IV E vós, ninfas do Coura onde eu nado Por quem sempre senti carinho ardente Não me deixeis agora abandonado E concedei engenho à minha mente, De modo a que possa, convosco ao lado, Desmascarar de forma eloquente Aqueles que já têm no seu gene A besta horrível do poder perene!
Autor: um desempregado...
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Publico tal como recebi.
A
classse dominante que nos desgoverna e tem vindo a desgovernar ao longo de
todos estes anos tem um nome: GANGSTERS
Se
este povo que nós somos continuar a dar-lhes os votos nas eleições, que nome
terá???
ANTÓNIO BORGES - TRAIDOR DA PÁTRIA!
Wikileaks: Parpública na mira do Goldman Sachs e “CIA
privada”
O fundo financeiro criado pela Stratfor e o Goldman Sachs viu no
memorando da troika a hora certa para comprar obrigações da Parpública. A
holding detém participações do Estado nas empresas a privatizar sob orientação
de António Borges, que já fora o escolhido pela Goldman Sachs para prestar
serviços de consultoria à Parpública em 2004, no âmbito da privatização da GALP
e EDP.

António Borges num Congresso do PSD em
2004, quando ainda trabalhava para o Goldman Sachs, cobrando 2,3 milhões de
dólares à Parpública por consultoria financeira nas privatizações. Com a
troika, agora é Borges que privatiza empresas detidas pela Parpública e o fundo
Goldman Sachs/Stratfor sai sempre a ganhar.
Em Fevereiro, a Wikileaksrevelou ao mundo o
convite que o Goldman Sachs dirigiu à empresa de espionagem Stratfor: a
parceria num Hedge Fund chamado Stratcap. De acordo com um email de Agosto de
2011, escrito por George Friedman, o CEO desta “CIA privada”, a oferta partiu
do director do Goldman Sachs, Shea Morenz – “ele propôs uma nova aventura, Stratcap,
que nos permitirá utilizar o conhecimento que produzimos sobre o mundo num
espaço novo mas com conexões – um fundo de investimento. Onde previamente
aconselhamos outros Hedge Funds, teremos agora o nosso próprio, inteiramente
fundado pelo Shea (…) nos já estamos a trabalhar em simulações de investimento
e transacções”. Outros emails mostram que, durante 2011, foi montada uma
complexa estrutura financeira com recurso a offshores de forma a lançar a Stratcap
sob uma capa de aparente legalidade.
O esquerda.net teve acesso a estes emails revelados pela
Wikileaks que indicam que a Parpública – empresa que gere as participações do
Estado português em grupos como a GALP, REN, Águas de Portugal, TAP e ANA –
estava na mira deste fundo de investimento. Num email de Setembro de 2011 um
alto responsável da Stratfor, Alfredo Viegas, chama a atenção para o plano de
privatizações anunciado pelo Governo português e pela troika – “(…) isto abre
algumas oportunidades de negócio muito interessantes no que toca a empresas
paraestatais portuguesas e possivelmente em outros PIIGS (…) Para mim o activo
mais interessante são os 5,25% de obrigações da Parpública. O que torna estes
títulos muito interessantes é que são convertíveis para a GALP – aquela empresa
de combustíveis (…).”
A Stratfor não perdeu
tempo. Num documento enviado ao CEO,
George Friedman, intitulado “STRATCAP Portfolio - summary” é
possível verificar a inclusão de um quadro que faz referência aos títulos da Parpública.
E já em 10 de Novembro, Alfredo Viegas exulta com as declarações de Pedro
Passos Coelho, que nesse dia anunciou o plano de cortar a
despesa pública em 43% até 2014 – “(…) é muito agressivo. Se eles fizerem isso,
Portugal é uma grande compra… encurtando o nosso caminho para os títulos da
Parpública.”
António
Borges e a privatização da Parpública
A Parpública foi criada em 2000
pelo Governo de António Guterres com o objectivo de ser o instrumento do Estado
para assegurar a gestão de empresas em processo de privatização. Esta posição
concedeu uma importância central a esta holding pública que viu os seus lucros
subirem a pique na última década, fruto das privatizações levadas a cabo por
todos os Governos. Com a vinda da troika e o plano do PSD e CDS para privatizar
as últimas jóias da coroa – TAP, ANA, CP Carga, CTT e Caixa Seguros, Água de
Portugal e RTP – a própria Parpública tem os seus dias contados, pois o Estado
deixará de ter participações nessas empresas. Na segunda versão do memorando de
entendimento foi avançada a
possibilidade de dissolução da Parpública ou a sua integração na administração
pública, “uma vez que as suas fontes de receitas serão afectadas pela
privatização”.
A verdade é que até à decisão
final é pela Parpública que passará o processo de privatizações, e é no âmbito
da Parpública que opera António Borges, assessor indicado por Passos Coelho
para liderar o processo. Mas esta não foi a primeira vez que António Borges
lidou com a Parpública. Entre Fevereiro de 2004 e Abril de 2005 o Goldman Sachs
prestou consultadoria financeira à Parpública no âmbito dos processos de
privatização da GALP e EDP, recebendo por esse tempo 2,3 milhões de dólares do
Estado português. Nesse tempo, o representante do Goldman Sachs perante o Estado
foi António Borges, que agora fala em nome do Estado a defender as
privatizações, incluindo o modelo ruinoso de concessão da RTP apresentado na
entrevista à TVI na semana passada.
A ligação de Borges ao Goldman
Sachs tem levado ao questionamento da sua imparcialidade na condução do
processo de privatizações. Marc Roche, autor do livro «O Banco: Como Goldman
Sachs dirige o Mundo», quando questionado sobre a escolha de Borges pelo
Governo de Passos Coelho, alertou – “O problema é que o senhor Borges não disse
o que fez no Goldman Sachs.Pode haver um conflito de
interesses. É preciso total transparência (…) O senhor Borges tem de
decidir se o Goldman Sachs tem ou não um papel nas privatizações».
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